segunda-feira, 24 de maio de 2010

Meu avô =/

Depois de MUITO tempo sem escrever no blog, voltei aqui. A menos de 2 meses perdi meu avô. Faleceu no dia 19 de abril. Foi de madrugada, a madrugada mais triste que já vivi. Eu vi meu vozinho tão magrinho no banco do carro com meu tio desesperado ao lado, de olhos fechados. Não tive coragem de chegar perto, mas vi o suficiente para sentir que nele não havia mais vida. Ele morreu em casa, e ao seu redor muito sangue. Foi muito dolorido ver toda aquela cena naquela casa onde era meu refúgio.Onde eu tinha o carinho do meu avô. Mas quero lembrar de coisas boas que passei ao lado dele. A música "Vilarejo" da Marisa Monte expressa muito bem como foi minha infância, como era ir ao encontrp dos meus avós..como era estar na casa deles.

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso
se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for




Era um sentimento tão acolhedor, jamais sentido em outro ambiente. E agora sinto como se tivesse aproveitado mal isso. Que Mercury que nada, bom mesmo era receber o carinho de quem realmente gosta da gente, q quer nosso bem, que nos ama apesar dos defeitos, que quer nosso melhor, que quer ver nosso crescimento. Foi duro e esta sendo sentir essa falta, falta que eu nunca imaginaria doer tanto. Eu olho as fotos dele aqui no computador, nos álbuns antigos e dá um vontade de dar um abraço, de dizer o quanto ele tá fazendo falta... Hoje, depois de muito cair, aprendi que amigos podem até nos amar, alguns durante uma época, outros pouquíssimos a vida inteira, mas é certo que a família, com todas as brigas, todos os erros, são eles que nos ama verdadeiramente e não nos abandonam nem nos momentos de maiores angústias. Tanto reclamei da minha e hoje me vejo tendo apenas a eles, o que é o suficiente para mim! Minha família! Eu amo muito e agradeço a Deus por ter uma.

P.S.: Na foto, minha mãe e emu avô no último natal aqui em casa.



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